sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

E os pássaros cantam | Exposição

E os pássaros cantam

Cinco da manhã, o tempo deixa-se ouvir e a cor da penumbra, um estranho laranja dos candeeiros da rua, insinua números. E letras.
Mas depressa se rompe o alinhamento das palavras recém-formadas em surdina e os olhos constróiem figuras que corrigem as frases.

Há então uma piscina parada como um frasco fechado de compota onde, a qualquer momento, vai jorrar uma mangueira pousada na berma. Alguém cobre a cabeça com um saco de plástico, nu da cintura para baixo. Alguém cobre. A cabeça.
O silêncio cai. Um odor torna-se mais forte, é verde cortado de fresco com pingos de mercurocromo.

Depois o sol brilha na superfície da água, ouro, turquesa, cristal. O paraíso existe no instante de um reflexo e uma mulher inacreditavelmente antiga aprende a nadar para o caso de se afogar alguém. Enquanto alinha os braços na geometria conveniente desfia mentalmente tarefas e incómodos: o arrumador de carros; o que se aproximou no semáforo com um borrifador e uma esponja para limpar o pára-brisas; o que bateu à porta para colocar propaganda de hipermercados na caixa do correio; e aquela pessoa que telefonou a dizer que havia um prémio no seu nome em tal lugar-assim-assim; e, no meio disto, há que sacudir o pó de talco da touca de banho obrigatória, fazer a lista de compras para o jantar com aquelas pessoas que tem de ser, vestir uma blusa diferente, não é incómodo nenhum, nem pensar nisso, gosta muito de os ter. Cá. Pois.
Aplausos discretos. Clap clap.
Nesses dias não tem receio dos assaltos, mas não é só isso. Precisará de uma mão amiga que lhe abotoe o colar, como na hidro-ginástica, onde chega sempre meia hora antes.
Pensa alto: não tenhas medo, aqui todos se conhecem. E repete: não tenhas medo; aqui todos se conhecem. Repete comigo, diz.
Aqui.

Dois homens abraçam-se, com grandes palmadas nas costas. A tinta alastra.

Pela boca aberta da mangueira sai agora gelatina de morango e os mais miúdos nadam para lá, com uivos de satisfação e as bóias subitamente iluminadas por dentro. Não tenham medo. Aqui só se entra se. E daqui ninguém pode sair. A não ser.
A água torna-se mais opaca e, no fundo, há uma sombra que mal se percebe e que alguém tenta apagar, esfrega com mais força, outra vez, outra.
Não há meio de desaparecer. Deixa lá.
De qualquer modo, já poucos se lembram como era.

Um pescador de pérolas mergulha, claramente fora de compasso e quatro figuras sobem, como anjos numa ascensão. Uma luz azul, um nó na garganta. Um filme que não se consegue ver de novo. Ao fundo há uma paisagem verde, edénica também, onde irrompe um grande cartaz com um número de telefone – coisas de que as pessoas devem precisar.
Mas da intriga poucos sabem, tanto tempo antes dos sapatos deixados ali na beira, inúteis. E a história, essa, cedo ou nunca se vingará da arrogância dos funcionários oficiais e dos avisos nas árvores em redor das piscinas vazias cujas tintas infectaram letras e figuras, rangendo razões como unhas no gesso.

Assim neste momento já parece tarde demais, por isso escreve o que falta no vidro embaciado do balneário, com o dedo, devagar, para não te lembrares depois, pensa ela. Do lado de lá, caída, há uma luva com dedos cortados. Coisa turva. O vidro ou o olhar?

Longe, um eléctrico sobe a rua devagar, desafinando um guincho familiar nos carris, e a cor da neblina espera que os corpos se desaconcheguem da noite.
E seis e um quarto e já ruído de passos no andar de cima. Num estrondo, há então um colar que cai, o fio quebrado, as contas espalhadas. Perdidas pérolas a metros de profundidade, o ralo escancarado.
Um automóvel arranca.
No mapa que continua desconexo, os traços brancos fazem uma espécie de cantos. E vai-se ver é alcatrão, são rectângulos vazios de carros que antes lá estavam.
Restos outros. Lágrimas secas. Reprivatizadas como deve ser, sem bóias nem gomas coloridas, pois tocar em certas guerras fere os dedos, a não ser que estejam idas. E basta.

Portanto assim seja, “constrói cerimónias”, diz na página tal, abre o teu caminho entre vulgaridades de que se repleta o mundo, a razão a contar menos, as emoções a ditar o trilho a partir da sua hipótese e verdade, mesmo em águas muito fundas, abaixo da tona que te trava.
Nada com força, nada convicta. O lugar é este e é este o caminho, o rasto passa depressa mas é o teu. Mergulha. Salva-te.
Talvez batam palmas, mas.

Agora, através das janelas das traseiras a luz malva recorta perfis.
Os pássaros cantam. Stridono lassù, Nedda dizia. Cantam até quando há lugares sobre os quais supomos que não voltam a voar.
Ouve-se o canto.
Mesmo não se vendo, lá estão eles.

Por isso, no ténue claro-escuro que os espelhos não reflectem (ainda), desenha-se um sorriso.
E fica cá.

Isabel Sabino, Outubro de 2009

Texto da exposição na Galeria Arte Periférica, 30 Out-3 Dez 2009

E os pássaros cantam | PINTURAS


Can he never be seen 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 100x100cm

No folk is faithfull unless it feels 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 100x100cm

Here images govern the idea 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 100x100cm

You yourself live in the images 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 100x100cm

So will you perceive it in everything 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 100x100cm

Here lay your shoes aside 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 100x100cm

Who am I to combat 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 100x100cm

The voice from within 2009

Técnica mista de acrílicos s/tela, 100x100cm


You have gone far enough 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela,
195cmx162cm

Oh What have you done 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 130cmx130cm

What gleams must be gold 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 130cmx130cm

Then I smash to pieces both 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 130cmx130cm

While you spoke in ideas 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 130cmx130cm

I was to speak to the heart 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 130cmx130cm

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


You speak more simply than you understand 2009
Técnica mista de acrílicos s/tela, 130x130 cm
na ARTELISBOA
Galeria Arte Periférica
Nov 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

E os pássaros cantam | CONVITE



Exposição na Galeria Arte Periférica
CCB Lisboa
Inaugura sábado 31 de Outubro, 15h30
Até 3 de Dezembro

Todos os dias 10h-20h

Depois de “Logo se vê”, conjunto de obras apresentadas na galeria Arte Periférica em 2007 que explorava o conceito de incomodidade no centro de várias referências existenciais e pictóricas, Isabel Sabino persegue a linha de trabalho enunciada em obras recentes em que a pintura, partindo sempre de experiências pessoais, é também descoberta no retomar de óperas deixadas incompletas pelos seus compositores. Assim, em “E os pássaros cantam”, um acidente real e o processo de sobrevivência às consequentes marcas emocionais tornam-se pretexto para uma alegoria mais vasta em que o espaço fechado da/s piscina/s e uma cor que tinge e contamina tudo obsessivamente falam do nosso tempo e da nossa relação com a vida e os lugares que habitamos.
Na pintura há, agora, uma presença gradualmente menor da matéria assumida como muro a riscar e romper. A superfície torna-se mais transparente em aguadas de cor, diversificando-se o grau de opacidade da tinta e os modos de registo, tal como a relação com o espaço, que vai recuperando a tridimensionalidade através da perspectiva e dos diferentes pontos de vista a que se remete o espectador, envolvendo-o.
Num plano paralelo, há um texto descontínuo de narrativas (no feminino) e os títulos das pinturas, deixando que as imagens e as palavras se completem e que a sensação se debata (ou não) com as ideias, num jogo entre a superfície e a profundidade de que resta um som ausente, um canto invisível.

ARTE E NATUREZA | Nature, Art, Change

Arte e Natureza
“Nature”, diziam os bolos embrulhados em papéis coloridos para despertar o desejo e recordar tradições nacionais e artistas contemporâneos: devorados num ápice, ficaram na mesa apenas os três tabuleiros vazios sobre a toalha branca. E também os papéis se foram.
“Art”, escreviam as minúsculas letras soltas feitas em massa doce, discretamente alojadas nas margens do jardim pequeno em três reduzidos derrames de ração para pássaros: as formigas chegaram imediatamente, os melros vieram pouco a pouco, e talvez mesmo os pássaros insectívoros tenham agradecido a dupla oferenda. Ainda há restos, entre fichas de identificação riscadas, para as aves que os quiserem. Talvez cantem mais assim.
“Change”, lê-se em pequenas tabuletas de gesso gravado, implantadas em estacas de madeira e ferro espetadas na terra, ao lado das que identificam as espécies botânicas: agora são o sol, a humidade do jardim grande, o próprio ar, agentes de uma transformação mais lenta do que as anteriores, mas igualmente eficaz no desfazer das diferenças. E papéis, coloridos de novo, são oferecidos por fim, para que do efémero e do incerto que caracterizam este tríptico - e que foi também o sentido geral da conferência que, com estas três peças, perfaz um todo - se possa guardar a frase de José Gomes Ferreira, aviso e elegia sobre uma alegada floresta, arte e natureza, bem entendido:
“É proibida a entrada a quem não andar espantado de existir”

Intervenções complementares da conferência "Uma (in)certa natureza", trabalho integrado no ciclo "Arte e Natureza" organizado pelo CIEBA/FBAUL, em Lisboa, respectivamente:
no Reservatório da Patriarcal, Largo do Príncipe Real; no jardim da FBAUL, Largo da Academia Nacional de Belas Artes; e no Jardim Botânico, Rua da Escola Politécnica.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pinturas de 2007-2009



A new place, 2008, técnica mista de acrílicos s/tela, 160cmx120

Lulu - Acto IV, 2008, técnica mista de acrílicos s/tela, 160cmx130



Lulu - Acto IV (Estudo preto), 2008, técnica mista de acrílicos s/tela, 120cmx100



















Lulu - Acto IV (Estudo branco), 2008, técnica mista de acrílicos s/tela, 120cmx100

Stridono lassù, 2007, técnica mista de acrílicos s/tela, 195cmx130

Segundo Simpósio Internacional de Pintura da Cooperativa Árvore/Matosinhos

O genius loci, o sol e as caixas

Choveu durante quase todos os dias do simpósio. Através dos vidros das enormes janelas da galeria onde se trabalhava, as nuvens escureciam o ar e traziam bátegas de água repentinas, por vezes logo seguidas de clarões de sol pálido. Dentro do espaçoso atelier improvisado, nós pintores, pouco íamos falando uns com os outros, afundados em tentativas de encontros possivelmente mais turvos do que o próprio tempo que fazia. No meu caso, a questão passava por reavaliar pesquisas e projectos superficialmente contextuais, elaborados antes da vinda sob informação contemporânea exterior, em favor de um mais verdadeiro genius loci que, agora, urgia encontrar. Pacientemente (porque o processo da pintura é assim mesmo, falível na sua predeterminação, lento e, por vezes, contraditório), havia que proceder a novos estudos, espreitar fontes na biblioteca local, elaborar revisões conceptuais, realizar registos fotográficos, ensaios gráficos, pictóricos, até ir dando com o lado mais autêntico que teria de acontecer na pintura propriamente dita, que nasce e vive (pensa-se) dentro do processo, respirando-se então doutra maneira, como no mergulho…e, às vezes, até custando emergir.

Ao contrário do ano anterior, havia menos visitantes, uns vinham espreitar e não diziam nada, outros ficavam e faziam perguntas, voltando mais tarde, curiosos e irregularmente atentos à nossa própria capacidade de integração da sua presença, diálogo ou abstracção. Um ou outro permanecia, silencioso, durante horas, como aprendiz ou espectador vigilante de um show em que o mais importante raramente é, de facto, visível, porventura compreendendo que o processo da pintura vive também da tensão entre opostos, desde esse seu quase excesso da visibilidade (o modo como se dá a ver, mais ou menos sedutor conforme os casos) até àquilo que o motiva e determina em essência, a “declaração do pensamento” em seu “interior segredo” .
O espectáculo da pintura, no tempo em que outros se oferecem com maior impacto imediato e mais fortemente partilháveis, não é questão linear. E, no entanto, o que de mais importante se mantém na definição de pintura passa por aí, não pelas suas características objectuais – porque hoje uma pintura pode ser praticamente qualquer coisa – mas pela sua capacidade de acontecer como experiência comum. É esta que abre na pintura um espaço potencialmente comum, um espaço “público” que decorre do recurso a uma “língua” identificável como tal (como pintura, por muito “expandida” que seja) e do seu apagamento parcial na capacidade de gerar sentidos, coincidentes ou não, entre leitores. E, se a ideia de espectáculo ainda hoje implica que são disponibilizadas qualidades susceptíveis de atracção do olhar, de observação, reflexão e testemunho, então que não fique dúvida: onde a pintura acontecer, sejam bem-vindos ao show, seja este discreto ou não.

Mas, como eu dizia lá atrás, quando aqui cheguei trazia na bagagem o projecto de encontrar cores locais a partir da memória afectiva de habitantes de agora e, rapidamente, compreendi que corria o risco de confundir mapas impressos e ideias feitas com uma hipotética rede real de sentidos.
Se, por hipótese, o genius loci viera do céu, não fora certamente através de noções alheias sobre site-specific ou do zoom do satélite mais a jeito. Constatei haver uma espécie de rede vinda do oceano que desenha a cidade desde tempos remotos, com lógicas que elegeram lugares principais consoante a relação com o mar e as actividades decorrentes. Nacarada de cores matizadas pelos mitos e pela realidade que muda, essa rede regressava do mar emergindo como um submarino depois de ter partido a cavalo, trazia conchas e peixes sob o céu cheio de estrelas, barcas de pedra e metal que contornavam os leixões, rochedos transformados em cais maternal em frente de um rio que a areia e o verde bordavam, agora gigantescos muros abertos ao mundo do presente.
Havia ainda uma santa, mulher caprichosa na escolha entre margens, havia um senhor que nadava sem um braço e um braço que nadava sem senhor e, finalmente, uma caixa onde as mulheres que ficavam na praia guardavam o sol para os dias de Inverno, matizadinho de cores.
Perante tamanha riqueza, que outra coisa podia eu fazer senão receber esta dádiva e aprender com ela?
Uma série de desenhos, duas telas, cores daqui, umas limpas e sujas outras, foram a caixa virtual onde ficou um pedaço de tempo, sol ou não, a gratidão dos novos afectos e a certeza que, para lá de uma geometria evidente mais ou menos cartesiana que o corpo visível da cidade impõe cada vez mais e os pontos cardeais ajudam a ler, com ou sem GPS, o espírito deste lugar vive nas entranhas do ar, na terra e nas muitas águas doces e salgadas, nas folhas que se agitam ao vento, nas flores raríssimas da praia e, acima de tudo, na memória das pessoas, mesmo quando elas não o sabem.

Com esta presença que guardo e de que não me despeço, posso escrever finalmente, porque é coisa impossível de pintar, sobre a grata e inesquecível prenda que foi a gentileza manifestada pelas pessoas da Câmara Municipal de Matosinhos, da Galeria Municipal, da Cooperativa Árvore, que me proporcionaram esta experiência, bem como o interesse dos visitantes locais e ainda a companhia atenta e delicada do Vítor Costa e do Francisco Laranjo, a quem dedico um abraço especial, também reservando um sorriso cúmplice para a lembrança das tintas salpicadas e o vernáculo do Alejandro, nos dias em que certas nuvens cinzentas se instalavam, desde cedo, por cima do mar que, como nós, pintava.

Isabel Sabino, Abril 2009

Desenhos técn. mista s/papel 1,5mx1,5m (aprox.)e pinturas a técn. mista de acrílicos s/tela, 1,3mx1,6m (aprox.)



Isabel Sabino | CV breve

N. Lisboa, 1955. Lic. Artes Plásticas/Pintura ESBAL, 1978. Membro da Academia Nacional de Belas Artes desde 1998. Professora Catedrática da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (Pintura).
Exposições individuais (sel):
2007 - Logo se vê, Gal. Arte Periférica, Lisboa; 2004 - À sombra das oliveiras, Gal. Novo Século, Lisboa; 2003 – Infravermelhos, Museu Jorge Vieira, Beja; 2002 - Tell me lies, G. Novo Século, Lisboa; 2001 - O Dilúvio, ao vivo, em directo e em diferido, Gal. Enes, Lisboa; 2000 - As jóias de Madalena, Gal. Municipal, Montemor-o-Novo; 1997 – Pintura, Galeria Enes, Lisboa; 1996 - Lúcia não venhas tarde, Museu da Água, Lisboa; 1993 - Prendas, Gifts & Regalos, Gal. Arcada, Estoril; 1992 - A Brincadeira, Casa Bocage, Setúbal; 1990 – Luzes, Gal. Monumental, Lisboa; Desenho e Objectos, Gal. Arcada, Estoril; 1989 - História Inquieta, Gal. Ana Isabel, Lisboa; 1985 – Viagem, SNBA, Lisboa.
Exposições colectivas e outras actividades artísticas (sel):
Arte e Natureza (FBAUL, Reservatório da Patriarcal, Jardim Botânico da UL) 2009; Água 20 Anos de Obras de Arte. Museu da Água da EPAL 1989-2009, Mãe de Água, Lisboa, 2009;
Exposição do Segundo Simpósio Internacional de Pintura de Matosinhos/Cooperativa Árvore, Galeria Municipal de Matosinhos, 2009; Pintura com afectos, Armazém das Artes, Alcobaça, 2009; 2º Simpósio de Pintura da Cooperativa Árvore/CMMatosinhos 2008; Cursos e Percursos II - Professores das Faculdades de Belas Artes de Portugal e Espanha, Galeria do Casino Estoril, 2008;
Iniciativa X, Galeria Artecontempo, Lisboa, 2006, 2008; ArteLisboa (FIL) 2008, 2007, 2004, 2003); Bienal do Montijo (2005), Bienais do Avante, D. Sebastião (SEC, Lisboa, 1992), Exposição dos 150 Anos do Montepio Geral (Lisboa, 1990), Bienais de Lagos e Vila Nova de Cerveira 1984, NovosNovos (SNBA) 1984; O Papel como Suporte (SNBA, anos 70 e 80) – e dezenas de participações em colectivas desde 1977. Direcção artística e concepção plástica/design das exposições do Centro Cultural Malaposta/Amascultura de 1993 a 1995.
Desde 1976, painéis de pintura públicos e privados, trabalhos gráficos, ilustração, projectos de intervenção plástica e outros.
Textos (sel):
Uma (in)certa Natureza, Actas do Ciclo de Conferências e Exposições, FBAUL, 2009; O genius loci, o sol e as caixas, em Segundo Simpósio Internacional de Pintura de Matosinhos/Cooperativa Árvore. Matosinhos: Ed. Galeria Municipal de Matosinhos/Cooperativa Árvore, 2009; In progress: sobre aprender Pintura e uma exposição de finalistas, em Finalistas Pintura 2007’08, FBAUL, 2009; A cor verde, em Conversas à volta do rio. Montemor-o-Novo: Ed. Oficinas do Convento, 2008. CO LABORARE: algumas reflexões sobre a expansão do conceito de autor), in Detours 2006. Torres Vedras, Ed. Transforma AC, (no prelo). Composição e Forma Visual (texto parcial). Lisboa: Universidade Aberta, no prelo. O homem que queria ser um artista, in ArteTeoria. Lisboa: FBAUL, 2006. p. 202-214. A Pintura depois da pintura. Lisboa: FBAUL, 2000. Realidade, Comunicação Visual e Capacidade Crítica. In Didáctica da Educação Visual. Lisboa: Universidade Aberta, 1996. p. 191-223.